Mato Grosso manteve a posição de segundo maior produtor de etanol do Brasil na safra 2024/2025, com volume total de 6,5 bilhões de litros - aumento de 23,7% em relação ao ciclo anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo etanol de milho, que responde por 82% da produção estadual e registrou crescimento de 28,6%, alcançando 5,4 bilhões de litros.
Apesar da expansão de 6,1% na área cultivada com cana-de-açúcar, as condições climáticas adversas reduziram a produtividade em 6,9%.
Mesmo assim, a produção de etanol da cana cresceu 5%, totalizando 1,16 bilhão de litros. O estado também aumentou em 7,3% a fabricação de açúcar, atingindo 578,4 mil toneladas, reflexo da demanda internacional pela commodity.
O avanço mato-grossense contrasta com o cenário nacional, onde a produção total de etanol cresceu 4,4%, impulsionada exclusivamente pelo milho, já que o derivado da cana recuou 1,1%. São Paulo segue como maior produtor (13,5 bilhões de litros), mas Mato Grosso consolida a segunda posição, à frente de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O estado se destaca pela modernização do setor, com 22 usinas em operação - sendo 14 dedicadas ao milho, das quais 11 exclusivas para essa matéria-prima. A colheita da cana é 100% mecanizada desde 2021, índice superior à média nacional de 92,4%.
Esses investimentos em tecnologia explicam a capacidade de crescimento mesmo em condições climáticas desfavoráveis.
A produção de biocombustíveis em Mato Grosso gera cerca de 15 mil empregos diretos e movimenta R$ 12 bilhões por ano na economia local.
O setor representa 8% do PIB industrial do estado, evitando a emissão de 4 milhões de toneladas de CO2 por ano.
