O Censo Demográfico 2022, realizado pelo IBGE, identificou que 95,5% da população indígena residente em Goiás vive em áreas urbanas, o maior percentual entre os estados brasileiros. As informações foram divulgadas na terça-feira (28) pela Agência Assembleia, o canal de notícias Assembleia Legislativa de Goiás.
O dado representa estabilidade em relação a 2010, quando o índice era de 93,4%. No país, o número de indígenas nas cidades passou de 36,2% para 54% no mesmo período, reflexo de uma melhor captação dessa população pelo levantamento, segundo o instituto.
Em Goiás, Goiânia concentra 4.025 indígenas, enquanto outras cidades como Aparecida de Goiânia, Águas Lindas, Luziânia e Anápolis também apresentam números significativos. Além disso, o estado conta com nove localidades indígenas reconhecidas, como as aldeias Avá-Canoeiros, em Minaçu, e Bdè Burè, em Aruanã.
Essas áreas incluem tanto terras indígenas homologadas quanto outros tipos de organização socioespacial. O IBGE também destacou a presença de cinco terras indígenas e 33 locais de concentração de indígenas em território goiano.
O perfil da população indígena no estado revela características distintas da média nacional. A idade mediana de 39 anos e a taxa de alfabetização de 90% são superiores aos índices nacionais.
Já em relação à infraestrutura, 52,5% dos domicílios com indígenas nos municípios de Goiás têm conexão à rede de esgoto, índice inferior à média estadual de 75,7%.
Além disso, projetos de lei em tramitação na Assembleia Legislativa buscam proteger línguas indígenas, preservar a cultura e garantir inclusão no mercado de trabalho, por meio da reserva de vagas em empresas que recebem incentivos fiscais.