Por:

DF faz plano de combate à intolerância religiosa

DF busca ampliar o debate sobre liberdade religiosa e promover práticas inclusivas | Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Por Mateus Lincoln

O Distrito Federal lançará, ainda em 2025, o Plano Distrital de Combate à Intolerância Religiosa, que será o segundo do tipo no Brasil, após São Paulo.

A medida, coordenada pelo Comitê Distrital de Diversidade Religiosa (CDDR), vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), tem o objetivo de prevenir práticas discriminatórias relacionadas a crenças religiosas e promover o respeito à diversidade.

Conforme nota enviada à reportagem pela Sejus, o plano prevê campanhas educativas, ações de conscientização e assistência jurídica, psicológica e social às vítimas, além da punição de atos de intolerância.

A proposta também reforça a proteção às vítimas e a criação de estratégias para combater a violência motivada por questões religiosas.

Na segunda-feira (27), por exemplo, haverá uma atividade promovida pela sociedade civil, coordenada pela Iniciativa das Religiões Unidas (URI), que será virtual e transmitidas pelas redes sociais para o mundo todo.

Ainda segundo a Sejus, a agenda planejada para 2025 representa um esforço conjunto entre governo e sociedade civil para fortalecer a convivência harmoniosa no território.

Nas escolas

No âmbito da educação, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) reforça ações voltadas à prevenção de intolerâncias e à promoção de uma cultura de respeito.

A pasta destacou o monitoramento de projetos pedagógicos relacionados às Relações Étnico-Raciais, bem como o desenvolvimento do Selo Lélia Gonzalez, que reconhece escolas comprometidas com a equidade e a justiça social.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância do diálogo no ambiente escolar. Segundo ela, medidas como a regulamentação do uso de celulares devem ser acompanhadas de conversas com os estudantes.

"Não basta uma lei apenas para proibir. É importante explicar os benefícios, especialmente no que diz respeito à interação social e ao processo de aprendizagem", afirmou Hélvia.

Com iniciativas alinhadas a políticas de direitos humanos, o governo do DF busca ampliar o debate sobre liberdade religiosa e promover práticas inclusivas.