Em seu primeiro ano de funcionamento, o programa Voa Brasil contabilizou cerca de 45 mil reservas de passagens aéreas com valor de até R$ 200, destinadas a aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os dados fazem parte de um balanço oficial divulgado na quinta-feira (24) pelo Ministério de Portos e Aeroportos. A iniciativa foi criada com o objetivo de promover a inclusão social no setor aéreo brasileiro, oferecendo a possibilidade de viagem para pessoas que, muitas vezes, não têm acesso regular ao transporte aéreo.
De acordo com o ministério, a quantidade de reservas realizadas até o momento seria suficiente para encher mais de 344 aeronaves, todas com passageiros beneficiados pelo programa. Ainda segundo a pasta, os voos contemplaram 87 aeroportos distribuídos em todos os estados do país, demonstrando o alcance nacional da ação.
O Voa Brasil foi lançado em parceria com as principais companhias aéreas que operam no país, e prevê a venda de passagens ociosas, ou seja, assentos disponíveis em voos de baixa temporada — períodos de menor procura. O foco principal é atender aposentados que não viajaram de avião nos últimos 12 meses, oferecendo-lhes uma nova oportunidade de locomoção e turismo a preços acessíveis. As passagens podem ser adquiridas por meio do portal oficial do governo federal: gov.br/voabrasil.
Entre os destinos mais procurados ao longo dos 12 meses de vigência do programa, destacam-se grandes centros urbanos e polos turísticos. São Paulo lidera com 12.771 passageiros, seguido por Rio de Janeiro (3.673), Recife (3.509), Brasília (3.000), Fortaleza (2.843), Salvador (2.601), João Pessoa (1.587), Maceió (1.507), Belo Horizonte (1.254) e Natal (1.150). Essas cidades concentram tanto atividades comerciais quanto atrações culturais e de lazer, o que contribui para sua alta demanda.
O levantamento aponta ainda que as regiões Sudeste e Nordeste concentram, respectivamente, 43% e 40% do total de reservas efetuadas desde o início do programa. Na sequência, aparecem o Centro-Oeste (8%), o Sul (5%) e o Norte (3%). O padrão regional evidencia a forte demanda por destinos turísticos do litoral e grandes capitais, mas também revela uma diversidade nas rotas escolhidas pelos beneficiários.