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BRICS defende cidades menos congestionadas

Em sua última reunião, nesta quarta-feira (14), o Grupo de Trabalho de Transportes do BRICS aprovou uma nova Declaração Ministerial com foco em políticas públicas de mobilidade urbana sustentável. O documento reforça o compromisso dos países-membros com a transição energética dos sistemas de transporte público, além da importância da mobilidade ativa como um dos caminhos para a construção de cidades mais saudáveis e limpas. O Ministério das Cidades forma a delegação brasileira ao lado dos ministérios dos Transportes, coordenador do GT, e dos Portos e Aeroportos.

Transporte público

A declaração aprovada destaca a renovação e descarbonização das frotas de ônibus e o apoio à expansão dos sistemas de transporte de média e alta capacidade, como metrôs e BRT's. A meta desta declaração é promover cidades, além de mais sustentáveis, menos congestionadas. A proposta também incentiva o financiamento internacional para viabilizar projetos de mobilidade, com o apoio do Banco dos BRICS.

O diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano do Ministério das Cidades, Marcos Daniel Souza, reconheceu a oportunidade única de conversar com representantes dos 11 países que compõem o bloco.

"Precisamos avançar na renovação de frota e na transição energética, e vimos que os outros países têm o mesmo objetivo. Então, conseguimos trocar experiências de como podemos incorporar novas tecnologias, formas de operação e estratégias de planejamento, para melhorar o nosso serviço como um todo", avaliou o diretor.

Outro ponto importante debatido na reunião foi o reconhecimento da atuação de governos subnacionais nas políticas de mobilidade urbana. Prefeituras e governos estaduais poderão integrar novas discussões em eventos futuros, como a Assembleia Geral da Associação BRICS de Cidades e Municípios, em Maricá, no Rio de Janeiro, e o Fórum de Urbanização do BRICS, em Brasília. O tema também deve ser levado à COP30, em Belém, em novembro.

O Brasil assumiu a presidência do BRICS em 2025 e continuará a liderar reuniões até julho, quando a cúpula do bloco se encontrará no Rio de Janeiro.