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Consórcio K&G vence leilão da 'Rota da Celulose'

O consórcio K&G, formado pela concessionária Kinfra e pela gestora Galápagos, arrematou a concessão da Rota da Celulose, em leilão realizado na B3 nesta quinta-feira (8/5). Ao ofertar um desconto de 9% sobre a tarifa básica de pedágio e um aporte inicial de R$ 217,3 milhões, o K&G derrotou os três outros grupos que participavam do certame. A Rota da Celulose é composta por trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267 e das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395. A concessão será por 30 anos e prevê investimentos totais da ordem de R$ 10 bilhões.

A Rota da Celulose tem um total de 870,3 quilômetros e abrange o centro e o leste do Mato Grosso do Sul, passando por nove municípios, entre eles a capital, Campo Grande. Espera-se que a iniciativa, fruto de uma parceria do governo daquele estado com a União, gere mais de 100 mil empregos, dos quais 33 mil diretos, e beneficie diretamente 1,2 milhão de pessoas.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, acompanhou o leilão ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho; do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; da secretária de Parcerias Estratégicas do MS, Elaine Ditone; e do superintendente de Governança em Licitações da B3, Guilherme Peixoto. Riedel, em seu discurso, agradeceu o governo federal pela confiança no estado e pela parceria.

Ao discursar, Tebet lembrou de sua atuação, desde 2005, para levar a primeira fábrica de celulose para o estado, e da construção de um verdadeiro polo desse setor no MS a partir de então.

"No ano passado, nós tivemos o governador, o presidente Lula, inaugurando a quarta fábrica de celulose já no município de Ribas do Rio Pardo. E agora, estamos com o maior investimento privado do Brasil na cidade de Inocência, construindo essa que será a maior fábrica do mundo de celulose", disse ela. "Este é o Brasil que nós queremos, e este é o Brasil que nós podemos ter", completou.

A vencedora da licitação destinará recursos para restauração rodoviária, ampliação da capacidade, manutenção e desapropriações, entre outros. O cronograma de obras de ampliação da capacidade, para as quais estão previstos R$ 2 bilhões, prevê duplicação, acostamentos, entre outras melhorias.