Por Richard Stoltzenburg
O Brasil registrou saldo positivo na geração de empregos formais, no mês de março, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). No período analisado, foram 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos, o que resultou em saldo positivo de 71.576 empregos com carteira assinada.
Quando comparado os índices, com o mês de fevereiro, o saldo positivo é 83,6% menor. Referente ao mês de março de 2024, também há queda de 70,8%. Os homens foram os responsáveis pelo maior número de contratações, apesar do maior número de movimentações, apresentaram saldo positivo menor (22.654), que as mulheres (48.922), mesmo com menos contratações.
Comércio em xeque
Dos setores inspecionados pelo Caged, o setor de comércio, apesar de um avanço no mês de fevereiro, em março voltou a apresentar saldo negativo na geração de empregos formais. Foram ao todo 513.006 admissões e 523.316 desligamentos, representando menos 10.130 pessoas trabalhando no setor. No acumulado do ano (janeiro, fevereiro e março), o setor segue com saldo negativo de 13.659 empregos. O setor da agropecuária também apresentou índices negativos neste mês. Foram 105.093 contratações, 110.737 demissões, resultando em 5.644.
Na contramão, o destaque foi para o Serviço, que registrou o maior saldo no mês de março, com saldo positivo de 52.459, depois de registrar 1.047.630 contratações e 995.171 demissões. Os setores de construção e indústria também contrataram mais que demitiram no período, com saldo positivo de 21.946 e 13.131 respectivamente.
Capitais
De todas as unidades federativas, as seguintes apresentaram saldo positivo: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins, Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia.
Já os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, apresentaram saldo negativo na geração de empregos formais em março.
