Assolado por uma tragédia climática iniciada em abril de 2024, com extensão ao longo do mês seguinte, o Rio Grande do Sul recebeu no ano passado R$ 39,3 bilhões em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor faz parte do pacote de socorro montado pelo Governo Federal, que somou mais de R$ 111,6 bilhões, utilizados para apoio emergencial dos atingidos e para a recuperação econômica do Estado.
A destruição causada pelas chuvas que iniciaram em 28 de abril de 2024 foi o ponto de partida para as discussões do Primeiro Grande Debate do Fórum Democrático - Pacto 25: O crescimento sustentável é agora. O evento, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), em Porto Alegre, teve Mercadante como convidado principal. Realizado no Salão Nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre UFCSPA, o encontro marcou o primeiro ano da tragédia ambiental que assolou boa parte do Estado. A diretora de Crédito Digital para MPMEs e Gestão do Fundo Rio Doce, Maria Fernanda Coelho, também participou da agenda na capital gaúcha.
Na avaliação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o apoio do Banco, que incluiu também medidas emergenciais para a reconstrução do estado, contribuiu para o crescimento de 4,9% do PIB gaúcho em 2024. "A atuação do Banco, juntamente com outras ações do governo do presidente Lula, foi decisiva para a expansão da economia do estado", avaliou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. "Esse resultado ficou bem acima do crescimento do PIB nacional, que também foi expressivo, de 3,4%, superando todas as previsões dos analistas, do mercado, do boletim Focus [publicação do Banco Central], e do FMI".
A maior parte dos financiamentos atendeu micro, pequenas e médias empresas: R$ 14,2 bilhões aprovados em 9.443 operações, com R$ 10,5 bilhões já desembolsados. Nas 549 operações com grandes empresas, as aprovações somam R$ 8,6 bilhões e os desembolsos chegam a R$ 5,6 bilhões. Do total de crédito aprovado, R$ 17,5 bilhões foram destinados a capital de giro, R$ 2 bilhões a investimento e reconstrução e R$ 3,2 bilhões à aquisição de máquinas e equipamentos, em 7.077, 127 e 2.788 operações, respectivamente.