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Israel assassina jornalistas em Gaza

Quatro jornalistas morreram em um ataque israelense ao hospital Naser, de Khan Yunis, na Faixa de Gaza, na segunda (25). O ataque também matou um membro da Defesa Civil, segundo as autoridades palestinas.

Todos os jornalistas mortos foram identificados e trabalhavam reportando a guerra em Gaza para jornais internacionais. Eles são Hossam al-Masri, da agência Reuters; Mohammed Salama, do canal Al Jazeera, Miriam Abu Daqa, freelancer que trabalhava com a Associated Press, e Moz Abu Taha, do canal americano NBC.

Outro repórter da Reuters também ficou ferido e agência afirmou que busca "urgentemente" mais informações. Em comunicado, a Reuters disse que está "devastada" com o acontecimento e que pediu ajuda de Israel e das autoridades palestinas para retirar Hatem Khaled, repórter ferido, do enclave.

Exército de Israel não comentou sobre o ataque até o momento. Ao jornal Times of Israel, uma fonte militar disse que o bombardeio não foi cometido pela Força Aérea.

Ao menos 188 profissionais de imprensa morreram em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2023.

Pelo menos 188 profissionais de imprensa foram mortos em Gaza em menos de dois anos. Foram 23 mulheres e 165 homens.

Número de jornalistas mortos em Gaza é maior do que o registrado nas duas Guerras Mundiais. Os dois conflitos duraram dez anos, com 67 profissionais de imprensa mortos na Segunda Guerra Mundial e dois na Primeira.

Por Eduarda Esteves e Lorena Barros (Folhapress)