A Cidade de Gaza, em vias de ser ocupada por Israel, continuou sendo alvo de bombardeios de Tel Aviv na madrugada terça-feira (12). Os ataques, feitos em meio a expectativas de o líder do Hamas chegar ao Cairo, no Egito, para conversas sobre um cessar-fogo, mataram 11 pessoas, segundo testemunhas e médicos.
Os bombardeios atingiram duas casas no subúrbio de Zeitoun, matando sete pessoas, e um prédio de apartamentos no centro da cidade, matando outras quatro. No sul do território, ataques a uma casa em Khan Younis e um acampamento de tendas perto da costa de Mawasi mataram nove pessoas, incluindo um casal e seu filho, disseram médicos.
Israel disse estar investigando os relatos e afirmou que suas Forças Armadas tomam precauções para reduzir danos a civis. O Exército disse ainda ter matado dezenas de combatentes no norte de Gaza no último mês e destruído túneis usados na região.
Os ataques ocorrem um dia após o jornal qatari Al-Araby Al-Jadeed afirmar que uma delegação do Hamas liderada pelo chefe do grupo terrorista, Khalil al-Hayya, foi enviada ao Cairo como parte dos esforços para chegar a uma trégua no conflito que já matou mais de 61 mil palestinos, de acordo com a facção.
Um diplomata árabe afirmou à agência de notícias Reuters que mediadores de Egito e Qatar não desistiram de reavivar as negociações. Segundo eles, mesmo que os planos de tomar a Cidade de Gaza não sejam blefe, isso serviu para colocar o Hamas de volta à mesa de negociações.
As diferenças entre os lados, porém, parecem continuar inconciliáveis em questões-chave, como a extensão da retirada militar israelense e as exigências para que o grupo terrorista abandone a luta armada.