ENQUADRO
As divergências entre o governo de Israel e a cúpula militar do país a respeito da tomada da Faixa de Gaza, como quer o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, levaram membros do governo, o mais à direita da história do Estado judeu, a tentar intimidar publicamente o Exército nos últimos dias. Na quarta (6), foi a vez de o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmar que os militares vão executar as ordens do gabinete. "É direito e dever do comandante do Estado-Maior expressar sua posição nos fóruns apropriados", afirmou o político na rede social X. "Mas, depois que as decisões forem tomadas na esfera política, o Exército as executará com determinação e profissionalismo -como tem sido feito até agora em todas as frentes."
Katz se refere indiretamente à discordância entre Netanyahu e o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, sobre os rumos da guerra em Gaza. Em uma reunião nesta terça-feira, o premiê defendeu que Tel Aviv assuma o controle de todo o território palestino.