A medida afeta também os mísseis ar-ar que os ucranianos têm usado em seus poucos caças F-16 americanos, doados por países europeus, para abater drones. O quarto desses aviões à disposição de Kiev foi abatido no ataque do domingo.
Por fim, a munição de precisão, essa vital para as escaramuças fronteiriças e para impedir o avanço das tropas russas. Putin tem tido ganhos na Ucrânia: na segunda, anunciou a conquista total da região de Lugansk, 1 das 4 que anexou ilegalmente em 2022.
Além disso, tem colocado pressão no norte e no sul do país, além de ter tomado áreas nunca antes invadidas em Dnipropetrovsk, província do centro-sul que é rica em minerais estratégicos.
A suspensão reitera a política de Trump de tentar acabar a guerra pressionando ambos os lados, mas com um viéis inevitavelmente pró-Moscou. Neste ano, seu governo apenas cumpriu entregas já combinadas na gestão de Joe Biden, e chegou a suspender todo o envio em março, após o americano e Zelenski baterem boca no Salão Oval.
A ajuda foi retomada, mas o ritmo é considerado insuficiente. Após um "sprint" final do antecessor democrata, que enviou R$ 174 bilhões a Kiev de outubro a dezembro de 2024, a ajuda aprovada caiu a R$ 3,2 bilhões de janeiro a março e, depois disso, morreu.
Os dados são do monitor do Instituto para Economia Mundial de Kiel (Alemanha), e vão até o fim de abril. De janeiro até lá, coube à Europa fornecer o grosso do auxílio, R$ 171 bilhões.
No cômputo geral da guerra, até então, os EUA eram o maior pilar de sustentação da defesa de Kiev, tendo enviado R$ 416 bilhões em armas e apoio militar - o segundo lugar foi tomado pelo Reino Unido da Alemanha, com Londres somando R$ 93,5 bilhões.