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Prisão domiciliar concedida para Cristina Kirchner

Após mais de uma semana de espera, a Justiça da Argentina concedeu nesta terça-feira (17) prisão domiciliar à ex-presidente Cristina Kirchner, que teve sua pena de seis anos confirmada na última semana pela Suprema Corte do país.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina por dois mandatos (2007-2015), pedia para cumprir a sentença de seis anos de prisão, por administração fraudulenta em prejuízo do Estado, em sua casa, em Buenos Aires. Sua defesa também pedia que ela não precisasse usar tornozeleira eletrônica, o que a Justiça negou.

A legislação penal argentina permite que pessoas com mais de 70 anos - Cristina tem 72 - tenham acesso ao benefício da prisão domiciliar, desde que cumpram determinadas condições e sejam autorizadas pelo tribunal correspondente.

Antes que a Justiça se pronunciasse, os promotores federais Diego Luciani e Sergio Mola haviam recomendaram que o pedido de prisão domiciliar da ex-presidente Cristina Kirchner fosse negado. Em um parecer que já era esperado, os promotores apontaram que um outro condenado no mesmo caso, o ex-secretário de Obras Públicas José López, ficará na prisão de Ezeiza (na Grande Buenos Aires).

A condenação de Cristina está relacionada ao caso Vialidad, que envolve contratos rodoviários assinados durante sua presidência, beneficiando o empresário Lázaro Báez.

Por Douglas Gavras (Folhapress)