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Macron constrange governo francês

Um safanão da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, no rosto do marido acabou ofuscando a parte oficial da visita do presidente francês ao Vietnã. A cena foi flagrada pelas câmeras no domingo (25), no momento em que a porta do avião presidencial se abriu, no desembarque em Hanói. De fora, era possível ver Emmanuel Macron virado em direção à frente da aeronave. De repente, surge a mão de Brigitte - reconhecível pela manga vermelha do casaco que estava usando - empurrando o queixo do marido.

Visivelmente constrangido, o presidente vira-se para os fotógrafos que o aguardavam no pé da escada do avião e acena, com um sorriso amarelo. Em seguida, Brigitte aparece e os dois descem os degraus. O presidente parece oferecer o braço à mulher, mas ela desce um pouco atrás dele, sem segurá-lo.

A assessoria da Presidência da França desmentiu o incidente, de início. Depois, diante de pelo menos dois vídeos da cena que viralizaram nas redes sociais, funcionários a atribuíram, segundo a AFP, a um mero "momento de cumplicidade, um último momento de descontração antes da visita".

A mesma pessoa que falou com a agência de notícias usou o termo "chamaillerie" para descrever o episódio, que em português poderia ser traduzido como "rusga" ou "briguinha", e lamentou que a cena "sirva de material para teorias conspiratórias".

Posteriormente, Macron também minimizou o episódio ao falar com jornalistas. "Eu estou brincando com minha esposa, uma rusguinha. Fui surpreendido com isso. E se torna uma espécie de catástrofe geoplanetária, com teorias", afirmou.

O vídeo mais recente se soma a outros dois envolvendo o presidente francês que geraram teorias conspiratórias na internet.

Um deles foi gravado durante uma visita à Ucrânia no qual Macron conversava com os premiês alemão, Friedrich Merz, e britânico, Keir Starmer, ao redor de uma mesa mesa na qual havia um lenço branco; o outro, em uma viagem à Albânia, quando o presidente turco, Recep Erdogan, segurou o dedo de Macron por vários segundos ao cumprimentá-lo.

"Os três vídeos são verdadeiros, e no entanto nada disso é verdade. É preciso que as pessoas se acalmem", afirmou Macron a jornalistas.

Por André Fontenelle (Folhapress)