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Maduro agradece a Trump

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, agradeceu ao seu homólogo americano, Donald Trump, pelo retorno da menina de dois anos que foi separada dos pais durante o processo de deportação dos Estados Unidos.

"Também tenho que agradecer ao presidente Donald Trump, que está nos países árabes, por realizar este ato de justiça profundamente humano", disse Maduro ao receber a menina no palácio presidencial em Caracas. "Houve e haverá diferenças", acrescentou o presidente, que rompeu relações com os EUA em 2019.

Maikelys Espinoza Bernal, uma criança venezuelana de dois anos, foi separada de seus pais após cruzarem juntos a fronteira entre EUA e México há um ano. Ela permaneceu nos EUA quando os pais foram deportados e chegou à Venezuela na quarta (14), onde o presidente Nicolás Maduro agradeceu ao presidente dos EUA, Donald Trump, por seu retorno.

Importantes figuras do socialismo da Venezuela, que está sob extensas sanções dos EUA, haviam pedido que Maikelys Espinoza Bernal, de dois anos, fosse devolvida à sua mãe, Yorely Bernal, que foi deportada para a Venezuela em abril.

Imagens na televisão estatal mostraram a primeira-dama Cilia Flores segurando a criança, que chegou em um voo de deportação com outros migrantes, no aeroporto internacional próximo a Caracas. A menina foi reunida com sua mãe e avó materna no palácio presidencial, na companhia de Maduro.

"Devemos ser gratos por todos os esforços, por (enviado especial de Trump) Rich Grenell por seus esforços... e agradecer a Donald Trump também", disse Maduro, chamando o retorno da criança de "um ato de justiça".

O pai da bebê, Maiker Espinoza, 25 anos, foi enviado à notória prisão de segurança máxima em El Salvador, onde a administração Trump enviou pelo menos 137 venezuelanos sob a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, em março.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) disse no final de abril que Espinoza é um "tenente" do Tren De Aragua, uma gangue prisional venezuelana. Eles afirmaram que ele supervisiona "homicídios, venda de drogas, sequestros, extorsão, tráfico sexual e opera uma casa de tortura", embora não tenham fornecido evidências.

A família de Espinoza negou veementemente a acusação à Reuters. "Em nenhum momento meu filho esteve envolvido com eles", disse sua mãe.