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Museu Olímpico é inaugurado no Velódromo do Rio

A Prefeitura do Rio inaugurou neste domingo (03) o Rio Museu Olímpico, no Velódromo do Parque Olímpico, durante as comemorações de nove anos da realização dos Jogos 2016. A instalação tem por objetivo promover os valores olímpicos, eternizar a história da primeira edição do evento realizada na América do Sul e contar a trajetória de toda a transformação da capital fluminense em um lugar melhor para os cariocas.

- A Olimpíada Rio 2016 não foi um sonho de uma noite de verão. Foi uma visão estratégica de interesse da cidade. Tivemos capacidade de fazer e realizar. O legado é incrível! Não temos nenhum elefante branco. São pelo menos 600 mil pessoas que, todo dia, saem das suas casas, vão para o trabalho ou para um lazer e economizam duas, três horas, por dia, graças aos investimentos em infraestrutura feitos na cidade durante os Jogos Olímpicos do Rio - disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

O Rio Museu Olímpico nasceu como uma referência cultural na América do Sul ao integrar Esporte, Educação e Transformação Social sob o espírito olímpico. Até por isso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já o aceitou como membro de sua Rede de Museus Olímpicos. A instalação possui cerca de 1.700 metros quadrados e foi construída no anel superior do Velódromo, sem qualquer tipo de impacto nas atividades ciclísticas que continuam a ocorrer no local.

Com um acervo de mais de mil peças, 13 áreas temáticas e 80 experiências, o Rio Museu Olímpico também se destaca por ser inovador e moderno. O visitante vai relembrar todos os detalhes da celebração, das obras realizadas e do conjunto de legado por meio de atividades imersivas, narrativas inclusivas e ações que conectam Esporte, Cultura e Educação.

- O museu é um marco da prefeitura com a construção dos valores esportivos, culturais e em todos os aspectos. Os Jogos Rio 2016 foram imensuráveis. Tenho certeza de que o museu veio para não deixar ninguém esquecer. É uma forma de compromisso, principalmente com a juventude, para mostrar como um país consegue revelar campeões - afirmou o membro e representante do Comitê Olímpico Internacional (COI), e medalhista olímpico do vôlei, nos Jogos Los Angeles 1984, Bernard Rajzman.

Dentre as experiências existentes, o público é convidado a experimentar, decidir e refletir. Ele vai poder interativamente "explodir" o Elevado da Perimetral, "se exercitar" como um verdadeiro ginasta nas argolas ou "praticar canoagem slalom". Corrida de 100m, exercícios na trave, basquete e outros esportes também oferecerão uma experiência imersiva e tecnológica.

Emocionado, o judoca paralímpico Willians Araújo, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, lembrou de quando competiu no Rio, em 2016, e ganhou a prata. Uma emoção, segundo ele, maior do que ser campeão olímpico.

- Tive a oportunidade de competir perto da minha família. A transformação da população com deficiência foi importante depois dos Jogos de 2016. O museu irá eternizar esses momentos - contou ele.

A história dos Jogos Rio 2016 será contada desde o início da candidatura, e toda transformação pela qual a cidade passou estará retratada de maneira informativa e dinâmica. A revitalização da Região do Porto e o novo sistema integrado de transporte com o BRT e o VLT são exemplos das mudanças registradas pelo museu.

Os legados pós-Jogos 2016 também são mostrados: como a Arena Carioca 3 (local das competições de esgrima olímpica e judô paralímpico) transformada na primeira instalação olímpica a virar uma escola, a chamada "arquitetura nômade" com a desmontagem da Arena do Futuro (local das competições de handebol olímpico e goalbal paralímpico) para a construção de quatro escolas públicas. Além da criação do Terminal Intermodal Gentileza, e os parques Madureira, Rita Lee, Radical de Deodoro, e Oeste.

Somado às experiências imersivas, o visitante terá contato com várias relíquias dos Jogos Rio 2016, como a tocha, medalhas, moedas, ingressos, papelaria, uniformes da Cerimônia de Abertura e do revezamento da tocha. Outras atrações são a bola da final do vôlei masculino que deu a medalha de ouro ao Brasil e a faixa preta do quimono da judoca Rafaela Silva campeã olímpica no Rio.

- O museu é uma porta para a conexão de ídolos do passado, do presente e do futuro. Cultura esportiva é primordial e preservá-la é fundamental. O museu preserva a memória do que a gente viveu aqui. E mais do que isso: o museu é um símbolo do que foi criado a partir dos grandes eventos que o Rio sediou. É um legado para o esporte - destacou a bicampeã olímpica do vôlei, medalhista em Pequim 2008 e Londres 2012, Fabi.

Em agosto e setembro, o Rio Museu Olímpico funcionará no modelo soft opening, que significa uma abertura gradual, controlada para que todo o sistema seja testado e a experiência possa ser a melhor possível para o público. Estará aberto de terça-feira a sábado, das 10h às 14h, e neste período a entrada será gratuita.

Por dia, até 120 pessoas divididas em grupos de 30 poderão conhecer o Rio Museu Olímpico. As visitas devem ser agendadas, a partir de segunda-feira (04/08), pelo site: www.museuolimpico.rio.