Por Felipe Masid - Especial para o Correio da Manhã
Nesta segunda-feira, integrei um grupo de jornalistas que participou de uma visita técnica à Usina Nuclear Angra II, operada pela Eletronuclear, em uma iniciativa dos organizadores do NeoVerde Vision - Seminário de Energias Limpas do Estado do Rio de Janeiro . A atividade proporcionou uma imersão completa na rotina da operação nuclear brasileira, reforçando a relevância da energia nuclear como fonte limpa, segura e indispensável ao abastecimento energético do estado.
A visita foi conduzida pelo Assessor de Imprensa Mario Linhares, que coordenou toda a programação jornalística, e contou com o acompanhamento da guia institucional Uiliana Amorim, da Eletronuclear, cuja dedicação garantiu uma experiência técnica detalhada e esclarecedora.
O percurso começou no Observatório Nuclear, onde o grupo recebeu uma apresentação aprofundada sobre o funcionamento dos reatores, os sistemas de segurança e os processos que garantem a operação contínua das usinas Angra I e Angra II. As explicações ofereceram o contexto necessário para compreender o papel estratégico da Eletronuclear na matriz energética fluminense.
Em seguida, seguimos para as áreas internas da Usina Angra II, em um trajeto guiado que permitiu visualizar de perto a infraestrutura responsável pela geração de energia. Tivemos acesso a setores técnicos, sistemas de resfriamento, procedimentos de monitoramento e áreas operacionais que demonstram a robustez tecnológica da usina.
A etapa final da visita ocorreu no simulador da sala de controle, uma réplica realista e funcional do centro de comando de Angra II. No local, fomos apresentados ao modelo de formação dos operadores, que passam por um programa de residência técnica de quatro anos antes de estarem aptos a comandar a usina.
As usinas Angra I e Angra II juntas entregam mais de 2 GW de capacidade instalada, contribuindo de forma decisiva para o abastecimento energético do estado do Rio de Janeiro. A geração nuclear, por não emitir gases de efeito estufa durante sua operação, reforça seu papel como uma das fontes mais eficientes na transição energética.