Por Marcello Sigwalt
Frente ao novo tarifaço unilateral de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, decretado pelo presidente ianque, Donald Trump, a Firjan emitiu nota, em que manifesta 'grande preocupação com o anúncio dessas novas medidas tarifárias', que passam a valer a partir de 1º de agosto próximo.
Na verdade, este novo pacote é uma sequência da aplicação anterior - de uma alíquota de 25% sobre os produtos dos setores de aço e de 10% incidentes no setor de alumínio - anunciado pelo governo estadunidense em março deste ano.
Estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aponta que as perdas fluminenses podem superar, pelo menos, a casa de R$ 1 bilhão. Em nível nacional, as perdas industriais podem atingir R$ 51 bilhões.
Segundo a Amcham (Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos), o Rio é o 2º maior exportador aos EUA (17,8% do total nacional), com uma receita de US$ 1,7 bilhão. Seus principais produtos são: petróleo bruto, ferro e aço semiacabado e combustíveis de petróleo.
Ao ressaltar "o longo histórico de relações mutuamente benéficas de ambos os países, voltadas a parcerias econômicas e industriais salutares e voltadas para a promoção dos negócios", a Firjan defende a "intensificação da atuação diplomática e paradiplomática em diversos níveis para construção de uma solução negociada".
As exportações do estado do Rio de Janeiro para os Estados Unidos ocupam a segunda posição em importância, ficando atrás apenas da China.
Em 2023, o estado movimentou US$ 7,2 bilhões em exportações para os EUA, enquanto as importações americanas no Rio totalizaram US$ 7,3 bilhões.
Naquele ano, os principais produtos exportados pelo Rio de Janeiro para os EUA incluíam petróleo bruto, produtos semiacabados de ferro e aço, e aeronaves.
