A parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do Rio com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), firmada em março deste ano, deu um grande passo no combate ao crime organizado. A agência aprovou um plano de ação que tem como alvo os provedores de internet que atuam de forma clandestina, sem autorização da agência reguladora. A exploração dos serviços de internet representa hoje um dos braços financeiros mais lucrativos das organizações criminosas, dados da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, apontam que 80% das empresas de internet que atuam em comunidades estão sob o controle ou associadas ao crime organizado.
A decisão da Anatel inclui a suspensão de um dos artigos do regulamento sobre as outorgas, que até então dispensava de autorização os pequenos provedores com até 5 mil acessos, o que facilitava a abertura de empresas ligadas ao crime organizado. Com a nova regra, todos os provedores de internet com até 5 mil acessos terão até o dia 25 de Outubro, portanto, 120 dias, para solicitar a outorga. Caso contrário, os cadastros serão extintos e o serviço de internet será interrompido.
"Foi fundamental esse trabalho de colaboração da Secretaria de Segurança com a Anatel para identificar provedores de internet suspeitos de estarem sob o controle de facções criminosas", disse o governador Cláudio Castro.