Por Marcello Sigwalt
Do montante de US$ 111 bilhões de seu plano de negócios (nas áreas de exploração e produção, refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes, além de projetos de transição energética e redução de emissões), deste ano até 2029, a Petrobras deve destinar R$ 33 bilhões para o Estado do Rio de Janeiro, referentes a investimentos e estudos no setor de refino e petroquímica no estado do Rio de Janeiro, ou 5,5% do total a ser investido pela petroleira no período. Investimentos destinados aos setores de exploração e produção não foram divulgados.
"Os R$ 33 bilhões são uma atualização do plano anunciado em setembro de 2024, que previa R$ 20 bilhões. O projeto cresceu", revelou a presidente da estatal, Magda Chambriard, durante o anúncio do plano, na última quinta-feira (3).
Ao estimar que o aporte no estado fluminense deve permitir a criação de 38 mil empregos diretos e indiretos - Magda explicou que o conjunto de investimentos é 'gigantesco' e contempla a integração entre a Rota 3 (escoamento de gás natural dos campos de pré-sal da Bacia de Santos, no litoral do Sudeste); o Complexo de Energias Boaventura, antigamente chamado de Comperj, em Itaboraí; a Refinaria Duque de Caxias (Reduc); e uma unidade da Braskem, também em Duque de Caxias - estes três últimos ficam na região metropolitana do Rio.
Megaprojeto
"Estamos falando de um megaprojeto para o estado do Rio de Janeiro para além da exploração [de petróleo] e produção tradicionais", emendando: "O que estamos vendo é um esforço muito grande para tudo dar certo, para agregar valor, agregar emprego e renda para a sociedade", completou a comandante da companhia.
Sobre o projeto do RJ de desenvolvimento industrial associado das áreas de Duque de Caxias, Itaboraí e arredores, Magda informou que a integração entre a Reduc e o Complexo Boaventura deve responder por R$ 26 bilhões e a 30 mil empregos diretos.
