Por: CORREIO FLUMINENSE

Bacia de Campos: produção mantém liderança nacional

Por Marcello Sigwalt

Em processo de reversão da curva natural de queda de produção, sobretudo após a entrada, em 2020, de novas operadoras no setor, a Bacia de Campos obteve a estabilização de sua produção em 570 mil barris/dia de óleo, patamar que supera em 30% o total produzido pelos demais estados produtores juntos, que não passou de 434 mil barris/dia, no primeiro trimestre do ano (1T25).

Tal desempenho favorável - constante do levantamento elaborado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), SENAI e SESI, com base em dados do Anuário do Petróleo 2025 - será apresentado pela entidade industrial durante o Macaé Energy 2025, que ocorre entre a terça-feira (1º) e a quinta-feira (3), para debater o futuro do offshore e da integração energética.

O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano informa que "poderíamos adicionar cerca de 10,7 bilhões de barris de petróleo, o equivalente a uma nova Bacia de Campos, se aumentarmos o fator de recuperação dos atuais 17% para próximo da média mundial de 30%", ao estimar que, no período de 1977 a 2025, o norte fluminense foi responsável pela produção de 13,1 bilhões de barris.

Sobre o impacto econômico da produção petrolífera e de gás na região, a Firjan aponta que, apenas em royalties, os municípios da região contabilizaram, de 1999 ao primeiro trimestre deste ano, um montante de R$ 30 bilhões. Já em Participações Especiais, de 2010 até o 1T25, foram acrescentados outros R$ 6 bilhões.

Na avaliação da gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI, Karine Fragoso, "o potencial da região é enorme e reforça o papel de hub energético do Rio. São investimentos potenciais e confirmados que ultrapassam R$ 750 bilhões em óleo, gás, energia solar e eólica offshore, hidrogênio e plantas industriais e diversos outros mercados". Entre 2025 e 2029, estão previstos investimentos de R$ 44 bilhões em descomissionamento de sistemas de produção e subsea na Bacia de Campos.