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Isonomia é tema de fórum de Educação

O VII Fórum Nacional de Presidentes dos Conselhos Municipais de Educação realizou nesta terça-feira (10), no Palácio Tiradentes, o segundo dia de debates cujo tema central foi a busca por isonomia no processo educacional. Diante do grande número de pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar, a deputada Tia Ju (REP) firmou compromisso de criar um projeto de lei para elaborar um cadastro georreferenciado, com a finalidade de implantar o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) em localidades cuja demanda seja maior.

Segundo dados apresentados pela professora de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alessandra Nicodemos, o país tem mais de 60 milhões de brasileiros que não concluíram a educação básica. "Pode-se usar os CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) quando for fazer o cadastro, registrar quantas pessoas não são alfabetizadas na família, no serviço de saúde ou mesmo na hora da matrícula escolar das crianças. Cria-se, então, um documento de georreferenciamento, onde todos os entes (saúde, educação, assistência social) irão participar, criando um fluxo único. Portanto, a ideia é implantar unidades do EJA onde estão as pessoas que mais precisam", afirmou.

A primeira mesa de debates trouxe à luz a luta por uma educação igualitária nas relações étinico raciais e quilombolas.