O governador Cláudio Castro lançou, nesta terça-feira (8), na Rocinha, a segunda edição do Programa de Apoio à Implantação de Parques de Inovação Social, Tecnológico e Ambiental (Pista) em comunidades do Rio de Janeiro. No total, R$ 42 milhões serão destinados ao desenvolvimento e à aplicação dos projetos. Por meio de edital, serão selecionados projetos e startups em cinco regiões: Rocinha, Complexo do Alemão, Complexo da Maré, Cidade de Deus e em Petrópolis, na Região Serrana.
O programa é uma parceria entre a Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj). Com uma metodologia inovadora e um modelo de governança compartilhada, o programa busca incentivar a aceleração de negócios cooperativos com impacto socioambiental, fortalecendo o papel das startups como agentes de transformação social e tecnológica.
Os interessados em participar da seleção podem consultar o edital completo e efetuar a inscrição pela internet até 29 de abril. A expectativa é de que o trabalho com as startups tenha início em julho deste ano.
"O Pista traz o conceito de inovação sustentável que promove a geração de renda e o fortalecimento de empreendimentos locais, tratando o território como um espaço para o desenvolvimento de inovações a partir das realidades locais, com o objetivo de criar soluções, produtos e serviços que possam ser potencializados e replicados", disse Castro.
Os recursos previstos são provenientes da Faperj e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). A Faperj vai destinar R$ 21 milhões para o financiamento dos projetos, sendo até R$ 4 milhões destinados a cada uma das quatro comunidades da capital fluminense e até R$ 2 milhões para as iniciativas da cidade de Petrópolis. Cada proposta individual poderá solicitar até R$ 300 mil. Além disso, R$ 3 milhões destinam-se a programas já aprovados na Rocinha em edital anterior. Os demais R$ 21 milhões vindos do Fecam serão destinados à infraestrutura dos parques de inovação instalados dentro de cada comunidade, com estruturação física dos espaços e contratação de profissionais qualificados para oferecer consultoria especializada.
"A iniciativa representa um compromisso concreto com ações sustentáveis e geração de oportunidades, incentivando o desenvolvimento de forma equilibrada e responsável. Queremos fomentar iniciativas que melhorem a qualidade de vida da população", contou o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
A presidente da Faperj, Caroline Alves, ressaltou o potencial das favelas para a inovação: "Investir no Pista é reconhecer que as comunidades são espaços férteis para tecnologia e empreendedorismo. O nosso objetivo é transformar esses territórios em verdadeiros polos de inovação".
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes reforça a visão: "O Pista representa um novo olhar para as favelas do Rio de Janeiro, reconhecendo o potencial criativo e empreendedor que existe dentro delas, que vem dos moradores".