Buscando incentivar ainda mais o banco de sangue no Hemorio, a Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro(Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei 2.707/23, de autoria do deputado Thiago Gagliasso (PL), que cria o programa 'Torcedor Sangue Bom'. O objetivo é incentivar a organização de uma competição amistosa de doação de sangue entre os torcedores de agremiações esportivas de qualquer modalidade durante os eventos.
As ações do programa poderão ser realizadas no interior de estádios e arenas esportivas do setor público ou privado, em parceria com as agremiações esportivas, com a implantação de unidades móveis de coleta do Hemorio. O poder público deverá divulgar previamente aos torcedores o calendário com as datas e locais em que ocorrerão as ações de coleta, determinando o seu início e fim.
"Além de promover a doação de sangue, o presente programa visa estimular uma rivalidade futebolística para o bem, na qual consiste em criar engajamento entre os torcedores dos clubes de futebol do Estado do Rio de Janeiro, em competição na qual será campeã a torcida mais solidária nas partidas, ganhando toda a população do Estado do Rio", explicou Gagliasso.
O programa
De acordo com o programa, toda coleta de sangue deverá ser cadastrada com a identificação do clube de coração do torcedor doador, para fins de ser contabilizada no valor total de torcedores doadores da respectiva torcida ao final da competição.Será considerada campeã a torcida que doar a maior quantidade de sangue por torcedor do clube, adotando-se um critério de proporcionalidade, que visa contemplar a torcida mais engajada na doação de sangue. O Executivo ainda pode ser autorizado a criar um banco de dados contendo apenas as informações necessárias e adequadas para a promoção da competição.Para cálculo da proporção, será verificada a quantidade total de torcedores do clube presentes no estádio, discriminando o mandante e visitante, e, em cima dessa razão, será apurada a proporção pelo número de torcedores do clube que realizaram a doação. Somente serão contabilizados os números apurados nos jogos em que as unidades móveis de coleta estiverem presentes.O poder executivo também será autorizado a criar premiações para a torcida do clube campeão ou estabelecer parcerias com entidades privadas e do terceiro setor para este fim, no intuito de promover a rivalidade sadia e obter melhor resultado na coleta total de sangue.