O Flamengo estreia na Copa Intercontinental nesta quarta (10), contra o Cruz Azul, campeão da Concacaf. Para levar o "Dérbi das Américas", o rubro-negro busca quebrar um retrospecto negativo contra times mexicanos, que conta até com uma ferida histórica.
O time da Gávea, até aqui, enfrentou equipes mexicanas em 19 oportunidades, entre partidas oficiais e amistosos. Foram seis vitórias, dois empates e 11 derrotas, segundo levantamento do "Fla Estatística". Além disso, houve dois duelos com a seleção mexicana e um confronto com um "all star" do país: um triunfo, um empate e um resultado negativo.
Contra o Cruz Azul, adversário do torneio da FIFA, os cariocas nunca saíram de campo vitoriosos; em três confrontos, foram duas derrotas e um empate.
Ferida histórica
Uma das grandes feridas que o Flamengo tem em sua história envolve a Libertadores e um clube mexicano: a eliminação para o América do México, em 2008, quando Cabañas calou o Maracanã.
O time da Gávea tinha vencido o primeiro duelo, na Cidade do México, por 4 a 2 e dado um importante passo para chegar às quartas de final.
O jogo da volta marcou a despedida de Joel Santana -que tinha aceitado proposta para comandar a seleção da África do Sul. A alegria antes de a bola rolar contrastou com o cenário após o jogo.
Com dois gols de Cabañas e um de Esqueda, o America do México venceu por 3 a 0 e carimbou uma das grandes frustrações da torcida flamenguista.
O jogo se tornou tão marcante que ainda repercutiu anos depois, e gerou uma "guerra de versões". Ronaldo Angelim e Obina, em entrevista ao canal do Youtube Paparazzo Rubro-Negro, chegaram a citar que Joel não estava ciente do regulamento da competição, imaginando que a vitória parcial por 2 a 0 dava a classificação aos mexicanos, o que justificaria as substuições que fez. Kleber Leite, presidente à época, também publicou um vídeo rebatendo tal versando: "Como é que uma pessoa pode, do nada, distorcer uma verdade?"