A CBF se reuniu com clubes e federações em um hotel, no Rio de Janeiro, para debater o futuro do futebol brasileiro.
Dentre as propostas, estão a criação da regra do "Fair Play Financeiro", que consiste basicamente em uma regulamentação de contratações no esporte para garantir mais justiça no mercado brasileiro e impedir que clubes endividados gastem o que não podem pagar.
Segundo Ricardo Gluck Paul, um dos VPs da entidade, 13 clubes da série B se mostraram favoráveis à implementação da regra, mas o mais surpreendente foi que os 20 clubes que integram a Série A concordaram com a medida, que vem sendo indicada há alguns anos pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Unanimidade é algo raro quando envolve os 20 times da Elite do futebol nacional.
O presidente da CBF, Samir Xaud é um dos grandes defensores da medida e deverá formalizar o projeto para avaliação nos próximos 90 dias.
A ideia da CBF é implementar o "Fair Play Financeiro" já na temporada 2026, junto com o chamado Impedimento Semiautomático.
Os próximos dias agora serão marcados por intensas conversas entre a CBF e presidentes de clubes e federações para debater possíveis consequências e explicar corretamente os efeitos que o projeto pode causar no futebol brasileiro.
A medida está sendo tratada com muita cautela e paciência, já que existem clubes que reconhecidamente enfrentam graves crises financeiras e estão sobrevivendo na elite devido a contratações pelas quais não pode pagar. A ideia é resolver a questão de forma que nenhuma instituição seja prejudicada ou corra riscos.
