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Atletas Trans banidas em universidade

A Universidade da Pensilvânia (UPenn), nos EUA, cedeu à pressão do governo de Donald Trump e concordou em banir atletas trans de modalidades femininas na instituição.

O acordo, anunciado pelo Departamento de Educação, é mais um caso de pressão política do republicano contra universidades de elite do país em pautas político-culturais que opõem as instituições de ensino superior à gestão federal.

A UPenn concordou com o banimento para, em troca, impedir que uma investigação do Departamento de Educação se desdobrasse em um caso no Departamento de Justiça ou se transformasse em um processo paralelo para cortar recursos federais à universidade. A investigação do governo concluiu que a universidade cometeu discriminação de sexo.

O caso focou Lia Thomas, nadadora trans do time da universidade que se tornou alvo de críticas em debates sobre a aplicação de regras específicas para atletas transgênero em modalidades femininas.

O Departamento da Educação abriu a investigação em fevereiro e chegou às conclusões em abril. Segundo a apuração, a UPenn violou artigo de lei que proíbe discriminação de sexo na educação ao "negar às mulheres oportunidades iguais e permitir que homens participassem de competições femininas".

A universidade ainda se comprometeu a restaurar recordes e títulos de atletas que perderam para Lia Thomas, bem como escrever uma carta para cada uma delas pedindo desculpas, de acordo com o Departamento de Educação.

"O departamento elogia a UPenn por corrigir danos do passado cometidos contra mulheres e meninas e vai continuar lutando incansavelmente para restaurar a aplicação adequada da lei", afirmou a secretária de Educação, Linda McMahon.

Em fevereiro, logo após Trump assinar decreto que proibia a participação de pessoas trans em modalidades femininas, a NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional, na sigla em inglês) atualizou suas regras para contemplar o decreto de Trump.