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Campo sintético sai de pauta

Por Igor Siqueira e Rodrigo Mattos (Folhapress)

Os clubes tiraram o pé do acelerador e não colocaram em votação no conselho técnico de quarta (12), na CBF, a hipótese de veto ao gramado sintético no Brasileiro. O assunto até fez parte da reunião, mas em uma condução que, por ora, não teve como objetivo estabelecer prazos ou barreiras para uso da grama artificial. A CBF vai apresentou um estudo sobre lesões referente à edição passada.

Os clubes vão sugeriram uma abordagem mais ampla e uma discussão que se dê na Comissão Nacional de Clubes, órgão que eles querem fortalecer.

"Gramado sintético está em uma outra subcategoria de produtos. Está mais em uma área ligada à comissão nacional de clubes, para você discutir melhores práticas.

O clima na reunião que aconteceu na terça (11) entre os clubes - tanto na sede do próprio Flamengo, quanto na CBF - reforçou esse entendimento.

Os dirigentes entendem que é melhor focar em pautas mais amplas, como fair play financeiro e direitos comerciais, do que se engalfinharem por um item apenas do regulamento.

Houve também quem ponderasse a existência de investimentos recentes por parte de alguns clubes no campo sintético.

"Não entra. Não terá votação. Vamos criar comitês para estudar não só as questões do gramado sintético, mas sim a qualidade dos gramados no Brasil. Isso é importante. É muito melhor ter um gramado sintético de qualidade do que nossos atletas estarem jogando nos gramados horrorosos que tem Brasil afora", disse à reportagem a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.

O time paulista é um dos três clubes da Série A 2025 com grama sintética. Além deles, Botafogo e Atlético-MG, em fase final de instalação, terão campos artificiais na temporada. Mas Leila evita classificar a ausência da votaçãocomo uma vitória palmeirense.

"Não é vitória do Palmeiras. É bom senso. Porque não é possível compararmos", disse.