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Festival em Rio Claro terá show de Biafra e Nico Rezende

Rio Claro vai receber, entre sexta-feira e sábado, dias 24 e 25, uma edição especial do Festival Sabores do Vale do Café, realizado pela Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ) em parceria com a Prefeitura de Rio Claro. Das 17 horas até a meia-noite, o festival terá uma programação variada na Praça Fagundes Varela, no Centro.

O evento, que já passou por Vassouras, Pinheiral, Rio das Flores, Conservatória e Ipiabas, celebra os cafés especiais, queijos artesanais e cachaças premiadas produzidos na região pelos integrantes do Arranjo Produtivo Local (APL) do Vale do Café.

Entre os destaques estão a participação dos produtores do APL, dos artesãos e artesãs da região e uma agenda musical de peso. Em Rio Claro, o público vai poder curtir os shows de Biafra e Nico Rezende, que se apresentam na sexta-feira, às 21h30min. Abrindo as apresentações, às 19h30min, a dupla Vitor e Igor sobe ao palco. Já a dupla conhecida da região, Julinho Marassi e Gutemberg, se apresenta após o show de Daniel Monnerat, no sábado, às 21h30min.

"O Sabores do Vale já se firmou como uma marca da nossa região. Além de abrir espaço para produtores locais, o evento também é importante por apresentar sempre atrações musicais de qualidade", destacou o assessor especial da Setur-RJ e coordenador das ações de turismo no Vale do Café, Wanderson Farias.

O secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, também ressaltou a importância do festival.

-O objetivo de eventos como esse é levar cultura, lazer e desenvolvimento para o interior, promovendo as cidades e valorizando os produtos locais. E isso vem sendo cumprido com sucesso, por isso o Sabores do Vale continua crescendo e ganhando novas edições - afirmou Gustavo Tutuca.

Na última semana, uma reunião em Rio Claro definiu os últimos detalhes da programação. O encontro contou com a presença do deputado federal Áureo Ribeiro, de Wanderson Farias, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Cultura, Turismo, Eventos, Esporte e Lazer, Brindisi Biondi, e do prefeito Babton Biondi.

O prefeito destacou a expectativa positiva para o evento. "Agradeço ao governador Cláudio Castro, ao secretário Tutuca e a todos os envolvidos por apoiarem esse projeto e possibilitarem que Rio Claro receba o Sabores do Vale. Tenho certeza de que será um grande sucesso e um marco para o nosso município", afirmou Babton Biondi.

O secretário Brindisi Biondi complementou, enfatizando o fortalecimento do turismo local. "O setor de eventos tem sido uma das prioridades da nossa gestão porque movimenta o turismo, aquece o comércio e valoriza os empreendedores locais. Neste ano, Rio Claro vive um dos calendários mais intensos dos últimos tempos", concluiu o secretário.

Rota turística
cheia de história

Localizado no Vale do Paraíba Sul Fluminense, o Vale do Café é a denominação turística da região onde o café foi a principal fonte de renda no Século XIX. Naquela época, a região produzia 75% do café consumido no mundo, garantindo ao Brasil a liderança mundial na produção e exportação de café.

Os municípios de Vassouras, Valença, Rio das Flores, Barra do Piraí, Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul e alguns distritos como Ipiabas e Conservatória, que pertencem a Barra do Piraí e Valença, respectivamente, destacam-se, pois ainda preservam no casario antigo, igrejas, estradas e fazendas, que pertenceram aos famosos barões do café, um importante capítulo da história do Brasil Imperial.

O Vale do Café, com seu potencial turístico voltado para a história e a cultura, encanta um número cada vez maior de visitantes, com a possibilidade de uma viagem ao passado.

Entretanto, todo o Vale do Paraíba ficou marcado, durante muitos anos, como uma região falida, remanescente de uma sociedade escravocrata e que promoveu a derrubada maciça da mata atlântica para o plantio do café. Porém, essa mesma sociedade, no século XIX, projetou o Brasil no cenário mundial como o maior produtor e exportador de café do mundo. O ciclo do café foi, economicamente, muito mais representativo, em termos de ganho que o Ciclo do Ouro, tão mais comentado. E esse fato trouxe para o Brasil um desenvolvimento econômico enorme. O dinheiro do café construiu ferrovias, iluminação pública e proveu todo o tipo de investimento em infraestrutura que o Brasil fez durante esse período, além dos verdadeiros "palácios rurais" que são as fazendas históricas construídas pelos nobres da região. À medida que as famílias cafeeiras ganhavam dinheiro com o café elas importavam o luxo que a Europa, principalmente a França, tinha a vender na época. Esse legado histórico e econômico, a despeito de qualquer posição política, merece todo o nosso respeito e, sobretudo o orgulho de nós brasileiros.

*Com informações

do Portal Vale do Café