Há 50 anos, a Cedae fornece água tratada de qualidade para a população do Rio de Janeiro, mas o compromisso da Companhia com o estado vai muito além do saneamento. A empresa busca, cada vez mais, promover ações que garantam a proteção e restauração do meio ambiente; a garantia de direitos individuais e de tratamento igualitário entre seus funcionários; a inovação tecnológica; e a criação de oportunidades. Neste contexto, uma das principais iniciativas da Companhia é o programa "Replantando Vida". Criado há 24 anos, o programa - que já conquistou 33 prêmios nacionais e internacionais - é referência tanto em restauração ambiental quanto na ressocialização de apenados do sistema prisional do estado. Por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a Vara de Execuções Penais (VEP) e a Fundação Santa Cabrini, o "Replantando Vida" oferece a apenados a oportunidade de trabalhar em troca de remuneração, qualificação profissional e redução de pena: os participantes recebem um salário-mínimo, têm um dia de pena reduzida para cada três dias de trabalho e participam de cursos ministrados por profissionais da Cedae. Entre as atividades do programa, uma das principais é a restauração ambiental. A Cedae mantém oito viveiros, com capacidade para produzir mais de 2,2 milhões de mudas por ano. Um nono viveiro está em construção em Itaperuna. O trabalho nas unidades é feito pelos próprios apenados, e hoje garante o cultivo de 264 espécies nativas da Mata Atlântica, 40 delas ameaçadas de extinção. A maior parte das mudas é utilizada em atividades de reflorestamento, principalmente em áreas de mata ciliar, como forma de proteção dos mananciais. As demais são doadas para instituições, órgãos públicos e para a sociedade, para apoiar ou estimular o reflorestamento. Mas o trabalho vai além da recuperação ambiental: os participantes do programa também atuam em outras atividades, como serviços de manutenção, jardinagem, limpeza ou na Oficina de Costura Zuzu Angel, que fica dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu. No local, os apenados produzem, entre outras coisas, os uniformes utilizados pelos funcionários dos setores operacionais da Cedae. Devido ao "Replantando Vida", a Cedae é a empresa que mais emprega mão de obra carcerária no Brasil, com 600 apenados trabalhando atualmente em diversos setores da Companhia. Desde seu início, mais de 6 mil pessoas passaram pelo programa, que já garantiu o plantio de 4,5 milhões de árvores, resultando na recuperação de uma área de aproximadamente 2 mil hectares. O crescimento do programa representa o empenho da Companhia em reforçar, cada vez mais, suas ações na área socioambiental. O "Replantando Vida" é a principal expressão do papel da Cedae como uma empresa comprometida com a sociedade, indo além do seu papel principal, que é a produção de água tratada. O programa reforça o compromisso com a criação de oportunidades, com a justiça social e com a regeneração dos territórios onde estão inseridos os mananciais que abastecem milhões de pessoas.
Cedae por Elas
A atuação social da Cedae também se volta "para dentro", com programas como o "Cedae por Elas", criado em 2023. Desenvolvido a partir de um diagnóstico realizado por colaboradoras de diversos setores da empresa, o programa visa promover um ambiente de trabalho cada vez mais justo e inclusivo, ampliando a participação feminina e contribuindo para o avanço de pautas sociais dentro da empresa. Para alcançar estes objetivos, a Cedae adotou ações como a implementação de curso de liderança feminina, para capacitar mulheres para ocuparem cargos estratégicos; políticas mais rigorosas de combate ao assédio e à violência; e a criação de uma Comissão Permanente de Diversidade e Gênero. Outra iniciativa importante, principalmente para as profissionais que são mães ou gestantes, foi a criação dos espaços "Cedae por Elas" nas unidades da Companhia.
Ao todo, quatro unidades do "Cedae por Elas" já foram inauguradas: no edifício-sede da Companhia, na Cidade Nova; no Laboratório de Controle de Qualidade da Água, na Tijuca; e nas Estações de Tratamento de Laranjal, em São Gonçalo, e do Guandu, em Nova Iguaçu. As salas são compostas por lactários adequados aos critérios sanitários para coleta e armazenamento do leite, além de ambientes destinados para atendimentos individuais com psicólogo, nutricionista e assistente social. Em um ano de funcionamento, mais de 700 colaboradoras foram beneficiadas diretamente, seja pelo suporte às mães lactantes ou pelo acompanhamento psicossocial e de saúde integral. Atualmente, entre gestantes e lactantes, o programa acompanha 43 colaboradoras de diferentes áreas da Companhia. Desde o lançamento, já foram recolhidos mais de 60 litros de leite materno nas salas do ""Cedae por Elas"", e mais de nove litros doados para o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), centro de referência nacional em saúde materno-infantil. Os lactários da Companhia receberam a certificação "Salas de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta", por estarem em conformidade com os critérios sanitários estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Outras ações
A Cedae também apoia iniciativas socioambientais nos municípios do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Em 2024, a Companhia lançou seu primeiro edital socioambiental, para apoiar financeiramente projetos que se enquadrassem em um dos quatro eixos temáticos: meio ambiente e desenvolvimento social, cultura e educação, inovação e direitos humanos e cidadania. Nove projetos foram selecionados para receber pouco mais de R$ 1 milhão. O segundo edital foi lançado em maio deste ano e vai selecionar sete projetos para receber até R$ 250 mil cada um, podendo totalizar R$ 1.750.000.