Os investimentos no setor ferroviário também animaram a região do Médio Paraíba e Costa Verde, especificamente. Na segunda semana deste mês, as prefeituras de Barra Mansa, Angra dos Reis, Quatis, Rio Claro, Piraí e Volta Redonda, localizadas no interior do Estado, se reuniram para discutir a reativação do eixo ferroviário que liga as duas cidades, além da reimplantação do Trem Turístico da Mata Atlântica.
O projeto apresenta a implementação da chamada 'Rota do Café e Calcário', que é o corredor ferroviário que liga Varginha, em Minas Gerais, a Angra dos Reis, com requalificação dos trechos Varginha/Bhering (Lavras, Minas) e Barra Mansa ao Porto de Angra. Com isso, será agilizado o escoamento de commodities provenientes de Minas Gerais, incluindo o café, que tem cerca de 40% da produção nacional vinda do estado.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) do Sul Fluminense, Péricles Aguiar, explicou que a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) está devolvendo ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) vários trechos de linha ferroviária em seis estados do Brasil, sendo um deles no Rio de Janeiro.
- Para fazer essa devolução é necessário o pagamento de uma indenização, cujo valor gira em torno de R$ 3,5 bilhões. Então, existe um projeto para trazer o café da região de Varginha para ser exportado pelo porto de Angra dos Reis. Para que isso ocorra, é necessário reconstruir o trecho entre Barra Mansa e Angra. Isso nós estamos pleiteando, junto ao Dnit, que parte dessa multa indenizatória seja investida aqui na nossa região para recompor a linha. O investimento para esse trabalho está orçado em cerca R$ 600 milhões - informou Péricles.