Por: Martha Imenes

IA: 28 mil servidores já capacitados, número chegará a 115 mil até 2026

Servidores estão fazendo curso para utilizar as funcionalidades da IA | Foto: Freepik

O governo federal informou que já capacitou 28 mil servidores públicos em temas de inteligência artificial e mantém a meta de chegar a 115 mil até 2026. A formação é feita pela Rede Amplia, liderada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pelo Serpro, responsável pela trilha voltada a gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), contribuindo para a implementação da Estratégia Federal de Governo Digital e do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA).

"Precisamos que todos os servidores compreendam o uso da inteligência artificial e saibam aplicá-la para aumentar a produtividade e o valor público entregue ao cidadão", enfatizou a coordenadora-geral de Fomento à IA Responsável do MGI, Thaciana Cerqueira.

Na estrutura da Rede Amplia, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) é responsável pelas ações voltadas a altas lideranças; o MGI, pelos perfis de gestão pública e dados; e o Serpro, pela trilha de gestores de TIC — perfil técnico essencial para definir arquitetura, infraestrutura e contratações de soluções em IA.

As ações de formação são organizadas considerando os níveis operacional, tático e estratégico, com o objetivo de desenvolver competências técnicas, analíticas e éticas em toda a administração pública. O MGI e o Serpro também discutem a inclusão dessas competências no Plano Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP), incentivando que os órgãos incorporem a formação em IA em seus planos de capacitação.

Investimentos

Representantes do MGI e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) assinaram um termo de parceria para o desenvolvimento de soluções e ferramentas que permitam o uso de inteligência artificial (IA) na gestão e prestação de serviços públicos.

O acordo prevê investimento de R$ 390 milhões ao longo dos próximos quatro anos.

Provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), os recursos deverão custear a criação de plataformas de IA generativa que otimizem os serviços públicos, integrando as informações disponíveis e facilitando as interações entre os cidadãos e a administração pública.

Na prática, as ferramentas de inteligência artificial serão usadas para, entre outras coisas, catalogar e integrar o grande volume de informações espalhadas por diferentes bases de dados sociais, como, por exemplo, o Cadastro Único (CadÚnico) e órgãos públicos de saúde e educação.