A Black Friday promete ser positiva para o varejo, segundo a projeção da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (Abiacom). De acordo com o levantamento, os números apontam para uma previsão de vendas acima das registradas em 2024, enquanto o comércio eletrônico brasileiro deve movimentar R$ 13,34 bilhões durante a megapromoção.
O movimento representará o crescimento de 14,74% em comparação ao ano passado, quando o setor atingiu R$ 11,63 bilhões em vendas. Para Renan Diego, consultor financeiro, a previsão é positiva para os comerciantes, em contrapartida, preocupante para os brasileiros, já que há o alto nível de inadimplência entre a população.
"O planejamento financeiro ainda é algo muito precário entre os brasileiros. Durante esse período de megapromoção, as compras por impulso se tornam muito mais frequentes, e esse movimento não só dificulta a organização das finanças pessoais dos consumidores, como aumenta as chances deles se endividarem. Vale ressaltar que o país vem enfrentando altos índices de inadimplência nos últimos meses, o que torna a Black Friday ainda mais preocupante para a realidade de muitos", explica Renan.
Não à toa, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que a negativação bateu um novo recorde em setembro, atingindo 30,5% das famílias brasileiras. Essa foi a maior taxa registrada desde 2010, quando a pessoa começou a ser elaborada. De acordo com a organização, as famílias comprometeram, em média, um terço de sua renda mensal com o pagamento de dívidas.