Por: Redação

Ministério emite alerta para azeites fraudados; saiba quais marcas

Azeite virou item de primeira linha em supermercados | Foto: Doivulgação/Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta aos consumidores sobre a comercialização e o consumo de azeites de oliva fraudados. Os produtos foram fiscalizados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária. De acordo com o órgão, eles não atendem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela legislação.

Confira as marcas inspecionadas que foram considerados impróprias: Royal (AL), Godio (CE), La Vitta (SP) e Santa Lucia (MG).

As amostras coletadas pelo departamento foram analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária que confirmaram a presença de outros tipos de óleos vegetais na composição, o que caracteriza fraude.

O ministério orienta os consumidores a interromper imediatamente o uso dos produtos, caso tenham adquirido. Lembra, ainda, que é possível solicitar a substituição do produto, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.

Aos comerciantes, o Mapa reforça que a comercialização desses produtos constitui infração grave.

"Os estabelecimentos que mantêm os itens à venda podem ser responsabilizados", disse o ministério, em nota.

Desde 2022 na mira

O "jeitinho" para se dar bem chegou aos alimentos: fraudadores estão falsificando azeite extravirgem, mel, leite, hambúrguer, especiarias e até enganando o consumidor na compra de carnes e peixes. É comum encontrar cortes e tipos sendo substituídos por outros de menor valor.

O próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento alerta sobre os alimentos mais fraudados no Brasil. Entre os de origem vegetal estão o azeite, com adição de óleos vegetais; a farinha de mandioca, que recebe farelo de arroz; e o café, que ganha casca, palha de café, coco de açaí, milho, trigo, triguilho, cevada e areia na moagem.

Além disso, o ministério pontua que todos os anos o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa) realiza uma pesquisa de indícios de fraude em leites UHT, pasteurizado e em pó; carcaças congeladas de aves, cortes resfriados e congelados de frango e pescados submetidos ao glaciamento. A pasta diz que, em relação ao leite (nas três versões), é verificada a adição de soro, açúcares, sais e conservantes, dentre outras substâncias proibidas.