A semana começou com os holofotes voltados para a majestade brasileira, o cantor Roberto Carlos. O Rei está fazendo propaganda para o Banco Mercantil pela bagatela que varia de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões.

Coforme a Coluna Magnavita desta segunda noticiou, sua majestade acabou caindo no blá-blá-blá do Banco Mercantil, que promete ser o banco de quem sabe viver, prometendo uma atenção especial para o público mais velho, que são os grandes súditos do Rei. Só que o banco está de olho no confuso e contaminado empréstimo consignado, que é debitado pelo INSS direto na folha dos aposentados, e alvo da CPMI do INSS.

Procurados, o Banco Mercantil e a assessoria de Roberno Carlos não se manifestaram.

Mas o fato é:o Mercantiu herdou a folha de pagamentos do INSS por que a vendcedora do leilão, a Crefisa, é suspeita de oferta irregular de serviços, inclusive consignado, e falta de estrutura para atender os beneficiários do INSS.

De acordo com a Coluna Magnavita, a campanha publicitária estrelada por Roberto Carlos, com o mote "O banco de quem sabe viver", foi lançada em 22 de setembro, mas a palavra consignado e o tema CPI do INSS não foram colocados em nenhum momento das negociações com o zeloso cantor.

Relembre

O Mercantil foi o segundo colocado no leilão da folha de pagamentos do INSS realizado em outubro de 2024, vencendo um lote específico, e agora herdou diversos outros lotes após a suspensão do contrato da Crefisa.

Essa mudança afeta apenas os novos aposentados e pensionistas que começaram a receber seus benefícios a partir de janeiro de 2025.

Nos órgãos de defesa do consumidor, clientes relatam a contratação de empréstimos ou cartões de crédito consignados sem sua autorização expressa, com descontos indevidos em seus benefícios do INSS. Os processos judiciais questionam a falta de transparência do banco ao oferecer cartões de crédito consignados como se fossem empréstimos comuns, o que pode levar a um endividamento maior do consumidor.

O Procon-MG, por exemplo, já alertou sobre a insistência de bancos e correspondentes bancários, incluindo o Mercantil, na oferta de crédito consignado, muitas vezes de forma inoportuna ou enganosa.

Consumidores reclamam também de obstáculos ao tentar cancelar contratos irregulares ou realizar a portabilidade de dívidas para outras instituições.

Anda conforme a Coluna Magnavita, o Rei Roberto Carlos nunca imaginou que a sua imagem estaria envolvida neste negócio confuso dos consignados e levando a sua legião de fãs, a maioria aposentados do INSS, a seguirem como cordeiro para o apetite do Banco Mercantil.

Ações e alertas

O Procon-MG e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) emitiram alertas e iniciaram investigações sobre as práticas do Banco Mercantil relacionadas ao crédito consignado.

O Instituto Defesa Coletiva possui um acordo que beneficia consumidores vítimas de práticas abusivas por parte do Banco Mercantil.

Procurados, tanto o cantor Roberto Carlos, quanto o Banco Mercantil não quiseram se manisfestar. O espaço segue aberto.