Cerca de 1,75 milhão de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que aderiram ao acordo para devolução de descontos ilegais em seus benefícios vão receber R$ 1,7 bilhão em ressarcimentos até o dia 13. Os dados constam de publicação na página oficial da autarquia na internet.
Ainda conforme o balanço divulgado nesta segunda-feira (11), foram feitos 5,3 milhões de pedidos de ressarcimento. Divididos por: aplicativo Meu INSS (3,2 milhões), Central 135 (386,7 mil) e Correios (1,5 milhão).
Atualmente, 2,44 milhões de aposentados e pensionistas podem aderir ao acordo homologado no Supremo Tribunal Federal (STF), mas apenas esses 1,75 milhão aderiram.
Relembre
Tem direito à adesão aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025.
Os ressarcimentos começaram em 24 de julho, em parcela única, com correção dos valores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O dinheiro cai diretamente na conta onde o benefício é pago.
Pelo acordo, o INSS se compromete a pagar 5% de honorários advocatícios ao advogado que atua na causa, percentual que se aplica apenas a ações ajuizadas até 23 de abril de 2025. O percentual será calculado sobre o valor simples descontado da folha de pagamento.
A advogada e diretora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Bramante, no entanto, adverte que as pessoas que aderirem ao acordo abrem mão de ação judicial sobre desconto indevido (em andamento ou futura).
"O acordo é prejudicial às vítimas da fraude e beneficia o INSS e as associações, pois impede que ingressem com ações pedindo dano moral e pagamento em dobro do que foi tirado da conta deles".