Após fechar a semana em R$ 5,43, com leve alta de 0,2%, o dólar estadunidense está em compasso de espera, aguardando o plano de contingência do governo Lula para ajudar os setores afetados pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. Segundo o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o plano pode ser anunciado nesta terça-feira. Alckmin explica que haverá uma régua para considerar a variação de exportações dentro de um mesmo setor. Assim, o socorro governamental será mais preciso.
Mas o que tem a variação do dólar com a economia brasileira? A variação do dólar está atrelada tanto à inflação quanto ao impacto nos contratos comerciais do Brasil com o exterior. Além dos contratos, a dívida pública brasileira é cotada em dólar, e as importações encarecem.
Exemplificando: a compra no exterior de produtos eletrônicos, medicamentos e combustíveis fica mais cara, o que pressiona a inflação no Brasil e impacta o custo de vida da população.
Ao mesmo tempo em que o poder de compra da população cai por conta do dólar, a produção de empresas que dependem de insumos estrangeiros também apresenta queda. O aumento no custo de insumos estrangeiros, com o dólar mais caro, pode afetar a produção e a competitividade das empresas brasileiras que dependem dessas importações.
No contraponto, as exportações crescem, pois a valorização do dólar torna os produtos brasileiros mais baratos para compradores estrangeiros.
Impacto na mesa
A alta da moeda norte-americana afeta a mesa do brasileiro. Isso porque o petróleo é cotado em dólar; a variação da moeda afeta diretamente os preços dos combustíveis, o que impacta o custo de transporte e, consequentemente, os preços dos produtos, incluindo alimentos.
Com esses movimentos, a economia brasileira fica parecendo uma montanha russa, que sobe, desce, faz volta, fica de cabeça pra baixo e quem está no carrinho fica tonto!