Por: Por Martha Imenes

Desemprego recua para 5,8%, menor taxa desde 2012

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O mês de julho se despediu e deixou uma boa nova para a economia brasileira: a taxa de desemprego no segundo trimestre ficou em 5,8%, ante 7% de igual período anterior. No trimestre terminado em junho, o Brasil registrou 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e 6,3 milhões desocupados. Este é o menor patamar no período da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na última quinta-feira (31).

O levantamento mostra ainda que o país bateu recorde de emprego com carteira assinada (39 milhões) e alta no salário do trabalhador.

"Em 2025, vamos ter saldo positivo de empregos mais uma vez. O Brasil está sólido, controlando a inflação, crescendo o emprego e a renda da classe trabalhadora brasileira", comemorou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

O número de pessoas à procura de trabalho representa recuo de 17,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) ante o primeiro trimestre. Já o número de ocupados subiu 1,8% de um trimestre para o outro, o que significa 1,8 milhão de pessoas a mais trabalhando no país.

A taxa de informalidade recuou em junho, segundo o levantamento do IBGE, foi de 37,8%. É a menor registrada desde igual trimestre de 2020 (36,6%). O IBGE aponta como informais os trabalhadores sem carteira assinada e os autônomos e empregadores sem CNPJ. Essas pessoas não têm garantidas coberturas como seguro-desemprego, férias e 13º salário.

O contingente de desalentados, pessoas que sequer procuram emprego por avaliarem que não conseguirão, fechou o segundo trimestre em 2,8 milhões, menor nível desde 2016.

Salários

O mercado de trabalho aquecido pode ser sentido no bolso do trabalhador. O IBGE revelou que o rendimento médio mensal atingiu R$ 3.477, o maior já apurado.

O maior número de pessoas ocupadas e o recorde no rendimento fizeram com que a massa de rendimentos (que é o que as pessoas recebem) atingisse R$ 351,2 bilhões no trimestre.

 

Metodologia de pesquisa mudou

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a primeira que apresenta ponderação com base em dados apurados pelo Censo 2022. O que isso quer dizer? Que houve um ajuste da amostra representativa de domicílios visitados pelos pesquisadores do IBGE. A atualização é praxe de órgãos de estatísticas em todo o mundo.

A atualização, porém, não provocou mudanças significativas nas taxas da Pnad, segundo o instituto. O índice de desemprego pouco variou da série antiga para a nova.

Houve diferenças mais nítidas em números absolutos, já que o Censo 2022 contabilizou menos habitantes do que o sinalizado nas estimativas anteriores, que eram usadas na pesquisa do mercado de trabalho.

A nova metodologia também não alterou a "dinâmica" do emprego e da renda que já era observada na Pnad, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

"As piores coisas continuaram na pandemia, e a recuperação veio posteriormente", disse e finaliza: "Foi uma atualização de população".

A cada trimestre, 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios de todos os estados e do Distrito Federal são visitados pelos pesquisadores do IBGE.

Exemplo: se o Censo mostra que há na população mais mulheres do que homens em determinada proporção, essa mesma dimensão é levada para a amostra da Pnad.

Com o censo mais recente, o IBGE projetou que a população brasileira em 2024 estivesse em 212,6 milhões de habitantes. No entanto, a Pnad estimava mais de 216 milhões.

Veja dicas de como mandar bem na entrevista

Com o aquecimento do mercado de trabalho, o Correio da Manhã pegou algumas dicas para ajudar quem estiver em busca de uma oportunidade. Lembrando que: mandar bem numa entrevista de emprego é mais do que responder perguntas — é transmitir confiança, preparo e autenticidade.

Antes

- Pesquise sobre a empresa: entenda sua missão, valores e o que ela busca nos colaboradores.

- Treine respostas: pratique perguntas comuns como "Fale sobre você" ou "Por que quer trabalhar aqui?".

- Escolha a roupa certa: vista-se de forma profissional e adequada ao ambiente da empresa.

Durante

- Seja pontual: chegue pelo menos 15 minutos antes.

- Mantenha postura confiante: olhe nos olhos, sorria com naturalidade e evite gestos excessivos.

- Fale com clareza e equilíbrio: nem muito alto, nem muito baixo. Evite respostas longas.

- Demonstre interesse: faça perguntas relevantes sobre a vaga e a empresa.

- Evite distrações: desligue o celular e mantenha o foco na conversa.

Depois

- Envie um e-mail de agradecimento ao recrutador: mostra profissionalismo e reforça seu interesse na vaga de emprego.