Em meio ao rebuliço do maior festival de motos e rock da América Latina, o Capital Moto Week – que vai injetar R$ 60 milhões na economia de Brasília –, dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontam que as duas rodas caíram no gosto popular. A frota nacional de motocicletas cresceu 42% no período de quase uma década, de 2015 a 2024, ano em que o total de veículos motorizados de duas rodas atingiu 35 milhões no país.

Segundo a Abraciclo, o Brasil produz anualmente cerca de 1,8 milhão de unidades e é o sexto maior fabricante de motocicletas do mundo. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas estão aptas a conduzir motocicletas no país.

Nos últimos dez anos, os estados de Alagoas, do Amazonas e da Bahia foram os que registraram maior aumento no número de pessoas habilitadas para conduzir motos, com crescimento de 86,3%, 79,7% e 62,6%, respectivamente.

"O levantamento revela que esse avanço não se limita aos maiores centros urbanos nacionais: Alagoas, Amazonas, Bahia e Piauí lideram a lista, demonstrando que o uso da motocicleta tem se expandido por diversas regiões do país, especialmente fora dos principais polos econômicos", destacou a Abraciclo.

Cadeia produtiva

Instalado em uma área arborizada de 320 mil metros quadrados do Parque de Exposições da Granja do Torto, o Capital Moto Week 2025 funciona como vetor de crescimento na capital federal: o festival gera 17 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Até 2 de agosto, Brasília será a maior "Cidade da Moto" da América Latina. Em sua 22ª edição, o festival posiciona Brasília entre os principais destinos do turismo cultural mundial.

De acordo com o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo, o Capital Moto Week é fundamental para a cadeia produtiva do turismo.

Os números do festival impressionam: são esperados 800 mil visitantes, sendo 40% vindos de outros estados e países, quase 100% da hotelaria lotada no período do evento, segundo o Governo do Distrito Federal (GDF) e mais de 1,8 mil motoclubes de todo o Brasil e do mundo confirmados.

"Nossa missão é organizar um grande festival. Estamos criando um ecossistema cultural e econômico que projeta Brasília globalmente", explica Pedro Affonso Franco, CEO do Capital Moto Week.

Uma das novidades da edição deste ano no festival em Brasília é a criação de um espaço exclusivo para o artesanato do Distrito Federal, com a participação de artesãos locais. A iniciativa é fruto da parceria entre a organização do evento e a Secretaria de Turismo do Distrito Federal e tem como objetivo valorizar a economia criativa e a produção cultural da cidade.

"O artesanato é uma expressão genuína da nossa cultura. Com essa iniciativa, queremos conectar os turistas ao talento dos nossos artesãos e reforçar a identidade de Brasília como um destino cultural e criativo", destacou Cristiano Araújo.

Sustentabilidade

De acordo com os organizadores do evento, o que distingue o Capital Moto Week de outros festivais mundiais é o compromisso com a sustentabilidade. Pelo terceiro ano consecutivo, o evento mantém a certificação Lixo Zero e ISO 20.121, desviando 92,7% dos resíduos do aterro e compensando 110% das emissões de CO2.

Uma das novidades da edição deste ano é a criação de um espaço exclusivo para o artesanato do Distrito Federal, com a participação de artesãos e manualistas locais. A iniciativa é fruto da parceria entre a organização do evento e a Secretaria de Turismo do Distrito Federal e tem como objetivo valorizar a economia criativa e a produção cultural da cidade.

"O artesanato é uma expressão genuína da nossa cultura. Com essa iniciativa, queremos conectar os turistas ao talento dos nossos artesãos e reforçar a identidade de Brasília como um destino cultural e criativo", destacou o secretário Cristiano Araújo.