Por: Martha Imenes

Dieese: cesta básica tem custo menor em 11 capitais

Apesar do recuo, a cesta básica em Florianópolis (R$ 867,83) é a mais cara do Brasil | Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O custo da cesta básica diminuiu em 11 localidades e aumentou em seis capitais, aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O estudo do Dieese, que fez o levantamento entre os meses de maio e junho, apontou que as maiores baixas foram nas capitais Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%).

A cesta básica em Florianópolis (R$ 867,83) é a mais cara do Brasil. Sendo seguida de Rio de Janeiro (R$ 843,27), Porto Alegre (R$ 831,37) e São Paulo, com o valor de R$ 831,37.

As capitais com os valores da cesta básica mais baixos, porém com a composição diferente de produtos e com menores valores médios, foram Aracaju (557,28), Salvador (R$ 623,85), Joao Pessoa (R$ 636,16) e Natal (R$ 636,95), informou a Agência Brasil.

Na comparação dos valores da cesta entre junho do ano passado e junho de 2025, quase todas as capitais tiveram aumentos de preço. Nesse caso, as variações foram de 1,73% em Salvador e 9,39% no Recife. A redução ocorreu em Aracaju, com -0,83%.

Batata teve redução de preço

A batata está entre os produtos que tiveram baixas. Ela diminuiu nas capitais do centro-sul nos meses de maio e junho. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, as quedas ficaram em -12,62% e -0,51%, respectivamente.

O açúcar, por sua vez, diminuiu em 12 cidades no período, ficando estável no Recife e aumentando em quatro capitais, sendo o mais alto em Campo Grande (1,75%). As maiores reduções no preço do açúcar ocorreram em Brasília (-5,43%), Vitória (-3,61%), Goiânia (-3,27%) e Belém (-3,15%).

No mesmo período aferido pela pesquisa, o preço do leite integral diminuiu em 11 capitais, casos de Brasília (-2,31%) e Curitiba (-0,65%). Já em cinco cidades, os valores se elevaram, como aconteceu em Aracaju (2,11%).

A maior alta foi no Recife (8,93%), sendo que em outras 12 houve retração no preço médio do produto, com variações, por exemplo, em Campo Grande (-7,99%) e São Paulo (-0,71%).

O tomate aumentou em dez capitais entre maio e junho, sendo registradas variações no Rio de Janeiro (0,29%) e Porto Alegre (16,90%). Em outras sete, o preço caiu, com a maior variação em Aracaju (-21,43%).

No período de 12 meses, o tomate baixou de preço em 16 capitais, sendo que o valor médio diminuiu, por exemplo, em Aracaju (-25,29%), Salvador (-19,72%) e no Rio de Janeiro (-14,48).

O economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga, orienta os consumidores a darem preferência às frutas e legumes da estação e aproveitar dias de promoções. "Dá um pouco de trabalho, mas é a possibilidade de garantir economia", diz.

Aumento

No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as capitais incluídas na pesquisa mostraram alta nos preços da cesta, com índices que oscilaram, por exemplo, em mais 0,58% em Aracaju e 9,10% em Fortaleza.

A cesta básica inclui itens como arroz, feijão, óleo, açúcar, café, farinha de trigo, macarrão, leite, e produtos de higiene como sabão e papel higiênico. Além desses itens essenciais, algumas cestas podem conter outros alimentos como batata, tomate, pão, carne, e itens de higiene e limpeza, como detergente, sabonete e sabão em pó.