Por: Martha Imenes

BC: R$ 10,1 bi esquecidos no banco

Dinheiro esquecido no banco pode ser resgatado via Pix | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Cerca de 48,1 milhões de pessoas esqueceram no banco R$ 10,1 bilhões. Desse total, Destes 43,9 milhões são pessoas físicas e 4,2 milhões, pessoas jurídicas, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira (8). O que pode ser bom para dar um alívio nas contas, dependendo de quanto o correntista tem a receber, pode virar uma tremenda dor de cabeça: estelionatários estão utilizando o nome do Sistema de Valores a Receber (SVR) para roubar dados e cobrar pelo serviço, que é totalmente gratuito, alerta.

Os golpistas alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos e enviam link para a vítima. Por meio dessa ferramenta, os estelionatários têm acesso aos dados pessoais e bancários do correntista.

O BC alerta que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O órgão também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do SVR pode contatar o cidadão. O BC também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

Em maio, o Banco Central inaugurou uma nova funcionalidade no sistema: a solicitação automática de resgate de valores. Com ela, o cidadão não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar a solicitação de cada valor que existe em seu nome.

Caso seja disponibilizado algum recurso por instituições financeiras, o crédito será feito diretamente na conta do cidadão. A solicitação automática de resgate é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave PIX do tipo CPF. A adesão ao serviço é facultativa.

A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias para receber. Os valores de até R$ 10 concentram 62,84% dos beneficiários. Entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,06% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,21% dos clientes. Só 1,89% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.