Por Martha Imenes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta terça-feira (1º), o Plano Safra 2025/2026, com R$ 89 bilhões para a agricultura familiar, que responde por 70% dos alimentos na mesa do brasileiro, e R$ 516,2 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país.
Do total destinado para a safra da agricultura familiar, R$ 78,2 bilhões são para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O governo manteve a taxa de juros de 3% para financiar a produção de alimentos, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. E 2% no caso de cultivo orgânico ou agroecológico.
Dos R$ 516,2 bilhões para o agronegócio, R$ 447 bilhões vão para grandes produtores rurais e cooperativas; e R$ 69,1 bilhões para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 10% ao ano para os produtores do Pronamp e de 14% ao ano para os demais produtores, segundo informações da Agência Brasil. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 8,5% ao ano e 13,5% ao ano.
Durante evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que a produtividade agrícola do Brasil está diretamente ligada à capacidade de proteção ao meio ambiente. Para ele, essa compreensão deve permear todo o setor e a sociedade, colocando o país como líder na produção de alimentos.
"O grande sucesso não é só o aumento da capacidade produtiva ou o aumento da quantidade de mercados que nós conseguimos. O grande sucesso é um aprendizado de todos nós. É o aprendizado de que fazer a preservação adequada e necessária ao país, de preservar os nossos rios e os nossos mananciais, de recuperar a terra degradada, a gente vai percebendo, com o tempo, que está produzindo mais em menos hectares", disse o presidente.