Os contratos futuros de petróleo fecharam com altas acima de 4% nesta terça-feira, 17, seguindo as sinalizações de intensificação no conflito entre Irã e Israel.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de indicações de que o país poderá se envolver na guerra, enquanto ataques de ambos os lados seguiram.
Além disso, autoridades israelenses deram novas declarações sobre uma queda no regime iraniano, que garantiu que está se defendendo de agressões em uma disputa "não provocada".
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho fechou em alta de 4,28% (US$ 3,07), A US$ 74,84 o barril. O Brent para agosto, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 4,40% (US$ 3,22), a US$ 76,45 o barril.
Para Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, esta não é uma história clássica de desescalada. "Embora o Irã pareça estar sinalizando moderação, Trump instou a evacuação de Teerã, e Israel prometeu continuar seus ataques. Isso torna a desescalada unilateral, na melhor das hipóteses, e mantém os riscos nos mercados de energia e ativos de refúgio inclinados para cima. Se o Irã não encontrar espaço para manobrar diplomaticamente, poderá facilmente dar meia-volta", avalia.
O TD Securities aponta que o foco do mercado permanece na ilha de Kharg - com 96% das exportações de petróleo bruto iraniano - e no Estreito de Ormuz no cenário mais catastrófico, que conta com 34% dos fluxos globais de petróleo transoceânico, e poderia ser fechado por Teerã.