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IPCA cai de 0,43% para 0,26%, na passagem de abril a maio

Por Marcello Sigwalt

Pressionado pela elevação dos preços da energia elétrica residencial - que após, a mudança, para amarela, da bandeira tarifária, saltou de uma deflação de 0,08% para uma forte alta de 3,62% - o grupo de Habitação avançou 1,19%, com impacto de 0,18 ponto percentual (p.p.), foi o grande 'vilão' da alta de 0,26% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em maio.

Apesar disso, o indicador oficial de inflação ficou 0,17 p.p. aquém do registrado em abril, que havia subido 0,43%.

Segundo dados divulgados, nessa terça-feira (10), pelo IBGE, o índice acumula variação de 2,75% no ano e de 5,32%, nos últimos 12 meses.

Ao avaliar a influência dos principais grupos de produtos e serviços pesquisados, o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, comenta que "se olharmos para os três principais grupos, Alimentação e bebidas, Habitação e Transportes, que juntos possuem peso de 57% no IPCA, observamos que a desaceleração dos alimentos, que saíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio e a queda dos Transportes de 0,37%, acabam por compensar a alta de 1,19% do grupo Habitação, refletindo no resultado final do índice geral".

Ainda a respeito da perfomance da energia elétrica, Gonçalves entende que, "além do reajuste em algumas áreas pesquisadas e aumento nas alíquotas de PINS/COFINS, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumido".

O grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio, frente a 0,82% em abril, menor variação desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%. Para essa retração, contribuíram as quedas: tomate (-13,52%); arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Subiram: batata-inglesa (10,34%); cebola (10,28%); café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).