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Déficit primário deve superar R$ 5 bi

Por Marcello Sigwalt

No campo fiscal, o boletim Focus previu que o déficit primário do setor público consolidado para 2025 foi mantido em 0,60% do PIB (Produto Interno Bruto), pela 24ª semana consecutiva, o que corresponde a um pouco mais do que R$ 5,12 bilhões, ante a uma meta fiscal de déficit zero nas contas do governo central, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB, para mais ou para menos.

Para 2026, a expectativa do mercado apresentou oscilação mínima, de 0,66% para 0,67% do PIB, após se manter estável por três semanas, mediante um alvo de superávit de 0,25% do PIB para o governo central, também com tolerância de 0,25 ponto para mais ou para menos.

Já o déficit nominal para 2025 exibiu expansão de 8,89% para 8,98% do PIB. Há um mês, este era de 9,0%. Pela terceira semana seguida, o rombo nominal de 2026 ficou em 8,50% do PIB, enquanto, há um mês, este era de 8,51%.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. O resultado nominal reflete o saldo após o gasto com juros e outras despesas financeiras.

No caso da dívida líquida do setor público (DLSP), como proporção do PIB, em 2025, a previsão foi mantida em 65,80%, ao passo que a estimativa para 2026 'deslizou' de 70,13% para 70,10%. Há quatro semanas atrás, esta era de 70,15%.

Já o déficit de transações correntes para este ano permaneceu em US$ 56 bilhões, pela 4ª semana consecutiva, e em US$ 52,47 bilhões para 2026.