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Drex poderá influir na gestão monetária

Por Marcello Sigwalt

Ferramenta de análise para a gestão da política monetária. Assim classificou uma das funcionalidades do Drex - criptomoeda concebida pelo Banco Central (BC) para 'tokenização' do mercado financeiro - o engenheiro e auditor da autoridade monetária, Henrique Videira, ao antever que a moeda digital também servirá para consolidar a análise mais 'acurada' de consumo por grupos e decisões mais precisas com relação à Selic.

Nesse contexto, Videira avalia que uma ampla gama de dados, desde ativos financeiros, imóveis, veículos, entre outros) poderá ser incluída na rede de registro distribuído (DLT), em desenvolvimento pelo BC no Drex, para facilitar o acesso às respectivas informações. "Quando você tiver um universo muito maior de informações e dados, vai tornar a política monetária muito mais eficiente", completou.

Como exemplo, o auditor do BC citou o caso dos automóveis, cuja base de dados do Senatran não permite saber quantos estão em circulação ou pesquisar aspectos, como compra e venda. "Se você tiver tudo concentrado ou tiver grande parte tokenizado no ambiente Drex, você vai ver o fluxo de entrada, o fluxo de saída, o quanto está sendo a reconstrução, a compra, a venda, imóvel. Você vai ver o quanto está sendo gerado de novos negócios, o quanto estão sendo vendidos os imóveis, se está tendo uma inflação dos imóveis ou não", comentou Videira.

O futuro superapp do Drex permitirá ao usuário final acesso consolidado ao saldo de todos os bancos e à posição atualizada de investimentos (ações, títulos, e debêntures).