O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 0,4 ponto porcentual (pp) entre março e abril, de 443,7% para 443,3% ao ano, informou o Banco Central.
A taxa do parcelado passou de 181,1% para 178,9% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 85,7% para 85,9%.
O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. O teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer em janeiro de 2024.
As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico.
Para chegar às taxas anuais, o BC extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano. Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam "pendurados" no cartão por apenas dias ou semanas.
O BC não pretende descontinuar essa série histórica, referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros.
Crédito livre - A taxa média de juros no crédito livre passou de 43,6% em março para 45,3% em abril, informou o Banco Central. Em abril de 2024, a taxa era de 40,2%. O juro médio do crédito livre para pessoas físicas saiu de 56,3% em março para 57,4 % em abril.
A taxa média cobrada das empresas foi de 23,6% para 26,0% no mesmo período de comparação. A taxa do cheque especial passou de 132,2% (dado revisado) para 135,5% de um mês para o outro. Já a do crédito pessoal total saiu de 48,1% para 49,5%.