Por Marcello Sigwalt
A despeito da pressão exercida pela alta de 1,68% da energia elétrica residencial - sob impulso da mudança para 'amarela', da bandeira tarifária - o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), também chamado de 'prévia da inflação', apresentou recuo de 0,43%, em março, para 0,36%, em abril, divulgou, nessa terça-feira (27) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Como resultante, a variação acumulada do índice no ano somou 2,80%, mas o acumulado em 12 meses totalizou 5,40%. Em maio de 2024, o IPCA-15 subiu 0,44%.
Confirmando a tendência de avanço na carestia pátria, houve avanço de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo instituto, a exemplo do Vestuário (0,92%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). Em termos de impacto, destaque para Saúde e cuidados pessoais (0,12 p.p.) e Habitação (0,10 p.p.). Em contrapartida, a maior queda foi observada no grupo Transportes, que caiu 0,29%, com impacto de -0,06 p.p. no índice geral.
Viés altista
O viés altista também foi exibido por: Despesas pessoais (0,50%), Alimentação e bebidas (0,39%), Comunicação (0,27%), Educação (0,09%) e Artigos de residência (-0,07%), variando, em termos de impacto, entre o 0,09 p.p. de Alimentação e bebidas e o 0,00 p.p. de Artigos de residência.
No caso de Saúde e cuidados pessoais (0,91%), a influência veio dos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Já a alta do grupo Habitação (0,67%) decorre da elevação da energia elétrica residencial (1,68% e 0,06 p.p.), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos.