Os juros futuros terminaram a segunda-feira (26), em queda moderada, definida pela possibilidade de alguma surpresa benigna do IPCA-15 de maio amanhã, mas em movimento limitado pela liquidez fraquíssima que resultou da ausência do mercado de Treasuries por causa do feriado do Memorial Day nos EUA. A tônica da sessão foram taxas perto da estabilidade. Na primeira parte, prevaleceu um viés de baixa na ponta curta e de alta nos vencimentos longos, mas na segunda etapa os juros curtos se firmaram em queda leve e os longos apagaram o viés de alta.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou com taxa de 14,710%, de 14,744% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027, taxa de 13,95%, de 13,98%. A do DI para janeiro de 2029 passava de 13,60% para 13,56%.
Sem a referência dos Treasuries, a liquidez secou, deixando o mercado também sem estímulo para a montagem de posições, dada ainda a expectativa com a agenda econômica carregada da semana. O DI para janeiro de 2026 hoje foi o mais negociado, mas girando apenas 199.460 contratos, muito abaixo da média diária de 591 mil nos últimos 30 dias.
Pela manhã o mercado operou no piloto automático e à tarde, a curva esboçou alívio, na expectativa pelo IPCA-15 de maio, amanhã, ainda que limitado pelo volume escasso, segundo profissionais da renda fixa. "Algumas casas podem estar se antecipando ao IPCA-15. Como sai logo na abertura, quem estiver posicionado para um dado melhor tem vantagem", afirma o estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, Luciano Rostagno.