Por Marcello Sigwalt
De olho no pleito eleitoral, logo ali em 2026, o Planalto voltou a acenar ao eleitorado em potencial (de baixa renda, claro) com mais um programa assistencialista, desta vez, que direciona crédito para reforma de casas. Como resultante dessa nova arremetida federal, como tentativa de reverter a queda livre do índice de popularidade do mandatário, o Ibovespa recuou 1,59%, a 137.881,27 pontos. Outra explicação para a retração da bolsa seria a oportunidade de correção dos ativos, após uma forte sequência de altas.
Um exemplo 'corretivo' foi dado pelos papéis ordinários do Bradesco, que caíram 2,26%, assim como das ações preferenciais do Itaú, que recuaram 2,01%. Na mesma 'vibe' regressiva, os papéis da Petrobras, caso da PN e ON, que recuaram 1,12% e 0,85%, respectivamente. Outra blue chip, a Vale teve perda de 1,28%, em contraste com a alta dos preços do minério de ferro em Dalian, bolsa de referência mundial da commodity.
As maiores perdas foram lideradas pela Marcopolo (-6,94%), Vamos (-6,60%), Cyrela (-5,61%) e MRV (-5,56%). Em contrapartida, subiram as ações da Raízen (5,95%), por conta do acerto da Raízen Energia para a venda de mais um grupo de projetos de usinas de geração solar distribuída (GD) para o Patria Investimentos, visando reduzir a alavancagem financeira (endividamento) da companhia.
A chefe de pesquisa e estratégia de ações do Santander, Aline Cardoso, admitiu que o fluxo estrangeiro pode continuar impulsionando a bolsa local no médio prazo, ante à apreciação do real frente ao dólar.